Archive for setembro, 2009

Reforma

Reforma 2Foi mais ou menos assim…

 

Sexta acordei já com sons de trovoadas e muita chuva. Sai correndo engolindo alguns goles de café e falando com minha sócia que estava indo a São Paulo atender também as necessidades da empresa unindo o útil ao agradável, já que São Paulo pra quem curte agito oferece muitas opções.

Chego no trabalho já correndo contra o tempo, ah o tempo, qual deles me incomoda mais?

Esse que chove sem parar e faz um frio do cacete que não me deixa nem trepar direito haahhaa ou o do relógio mesmo que exige velocidade twitter fulltime com qualidade de imagem HDTV na frente do espelho?

É ai que a gente pensa: calma, tudo poderia ser pior. Pode faltar luz.

Tchibumzugurufudeu! Caiu transformador na região. As duas sinaleiras da esquina do cruzamento queimaram e o transito ali fora virou um caos. A barulheira de trovão e as buzinas começam a aumentar sem parar.

A bateria do celular começa a ir p/ brejo. O alarme da sala vizinha dispara e o cliente quer tudo pra ontem.

Quando volta a luz no meio disso tudo, cheia de coisas pra fazer vem email da arquiteta que está reformando meu apartamento.

Já falei que tenho rinite? Nem vou falar, porque senão fico tossindo. Tosse + água o tempo todo + xixi de 20 em 20 minutos + troca ob e absorvente íntimo porque continuo menstruada. Sim.

Bom, ela queria marcar com o eletricista de vir ao apartamento no sábado de manhã. Cedo.

Respondi ok me sentindo uma estúpida por ser tão seca.

Decidi não almoçar porque marquei médica para sinusite para as 13h-13h30 porque era o único dia para consultar pela unimed nessa semana. Claro. Óbvio. Consegui levar o marido junto. Consegui medicação forte para alergia + prevenção pelo que vem pela frente com obra e ainda consegui que ele consultasse e descobrisse que o ronco que também não me deixa dormir é um desvio de septo.

Nunca vi ninguém tão feliz por ter desvio de septo! E eu agradeci Buda, Jesus e todos os santos porque ele ficou feliz e quer resolver.

Muita tosse, muito espirro, todos os sintomas e um coquetel de drogas em casa.

Cliente ligando no celular até quase 23h se queixando, pedindo mais. Não querendo pagar mais. Aliás a maioria anda achando que não precisa pagar nunca!

Queria tanto que fosse um baseadinho. Mas não tenho. Não sou ligada em política nem nada, detesto papo de violencia e etc, então o mínimo que faço com essa coisa que tem aqui dentro chamada consciência é não dar dinheiro para o crime. Pelo menos não diretamente. Se me dão eu bem que aceito hahahahha.

Levantei cedo. Fiz café. Marido reclamou: ah logo sábado? Foi ele quem inventou isso de obra no apartamento. Eu queria apenas móveis planejados para quarto e closet. Quem se importa com piso, rodapé e acabamento quando vive no provisório a vida inteira? Mas ele tá certo. É verdade. Ele tá mesmo. Reconheço. E pode marido mais fofo que esse? Todo atrapalhado mas quer me dar tudo do bom e do melhor sempre, se afoga de ansiedade pra me agradar. Eu amo!!!

O piso é antigo tem que ser trocado. Ele tá certo.

Eu vi semana passada um programa no GNT que adoro chamado “A cilada”.

É divertidíssimo e inteligente. Na linha dos “Normais” desse lado humor que (dando o braço a torcer gente) nós brasileiros sabemos muito bem como desenvolver.

Bem, nesse programa ri demais vendo o cara comprar um apartamento e reformar descobrindo que a vida é sim uma merda mas ainda é divertida. Ele fez como todos nós escolhas não tão certas assim e descobre que teria que gastar muito mais dinheiro e levar muito mais tempo para atingir o seu sonhado objetivo de morar num apartamento próprio da forma como gostaria.

Ele diz em certo momento: Essa Jaque só me fode!

Quem é Jaque?

Jaque é aquele momento de pânico onde chegam para você e dizem:

Já que vai trocar o piso, troca o rodapé.

Já que vai trocar rodapé pinte o apartamento todo. Faça gesso, rotateto, massinha aqui, lixe ali.

 as janelas? Já que vai pintar melhor trocar os vidros. Já que vai trocar vidros troque as cortinas também.

E os banheiros? Já que contratou arquiteta melhor dar uma olhada nesses azulejos.

A Jaque mata qualquer um.

Quando tocou o interfone já me deu um frio na espinha.

Era só o eletricista e a arquiteta.

Juro por tudo quanto é sagrado: entraram eu acho que umas dez pessoas no mínimo no meu cafofinho. Veio eletricista, marceneiro, sei la o que de gente que cuida de fechaduras, acabamentos, ouvi algo de trocar as portas todas e virei autista.

A gente que tá acostumado a se sentir apertado entre nós dois aqui dentro nem conseguia se olhar.

Um mais atrapalhado e ansioso diante de tanta gente falando Jaque e folhas de orçamento sendo jogadas em cima da mesa revelando a realidade: se dizem que o planejado nunca sai exatamente como planejado e se gasta mais e muito mais do orçamento vamos gastar o dobro ou triplo do que se esperava.

É só tpm?

É só reforma?

É só crise financeira? (não posso mais ouvir essa palavra)

É só a gripe suína atrapalhando meus negócios?

É só ambiente de trabalho e funcionária chateada o tempo todo?

É só faxineira surda, mole e capenga reclamando de ter que receber gente no dia da limpeza dela?

Não, ainda tem a rinite alérgica. Ainda tem baixar a taxa de manutenção desse corpicho, cabelos, pele para atender os custos com remédios e de toda reforma que vai acontecer debaixo do mesmo nariz podre que eu tenho já.

(suspiro pesado)

Agora que eu desabafei eu posso voltar a ser Zen na vida real.

Excuse me baby.

 

 

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Bunda mole

Belinha acordou às seis, arrumou as crianças, levou-as para o colégio e voltou para casa a tempo de dar um beijo burocrático em Artur, o marido, e de trocarem cheques, afazeres e reclamações.

Fez um supermercado rápido, brigou com a empregada que manchou seu vestido de seda, saiu como sempre apressada, levou uma multa por estar dirigindo com o celular no ouvido e uma advertência por estacionar em lugar proibido, enquanto ia, por um minuto, ao caixa automático tirar dinheiro.

No caminho do trabalho batucava ansiedade no volante, num congestionamento monstro, e pensava quando teria tempo de fazer a unha e pintar o cabelo antes que se transformasse numa mulher grisalha. Chegando ao escritório, foi quase atropelada por uma gata escultural que, segundo soube, era a nova contratada da empresa para o cargo que ela, Belinha, fez de tudo para pegar, mas que, apesar do currículo excelente e de seus anos de experiência e dedicação, não conseguiu.

Pensou se abdomem definido contaria ponto, mas logo esqueceu a gata, porque no meio de uma reunião ligaram do colégio de Clarinha, sua filha mais nova, dizendo que ela estava com dor de ouvido e febre. Tentou em vão achar o marido e, como não conseguiu, resolveu ela mesma ir até o colégio, depois do encontro com o novo cliente, que se revelou um chato, neurótico, desconfiado e com quem teria que lidar nos próximos meses.

Saiu esbaforida e encontrou seu carro com pneu furado. Pensou em tudo que ainda ia ter que fazer antes de fechar os olhos e sonhar com um mundo melhor. Abandonou a droga do carro avariado, pegou um táxi e as crianças. Quando chegou em casa, descobriu que tinha deixado a porra da pasta com o relatório que precisava ler para o dia seguinte no escritório! Telefonou para o celular do marido com a esperança que ele pudesse pegar os malditos papéis na empresa, mas a bosta continuava fora de área.

Conseguiu, depois de vários telefonemas, que um motoboy lhe trouxesse a porra dos documentos. Tomou uma merda de banho, deu a droga do jantar para as crianças, fez a porcaria dos deveres com os dispersos e botou os monstros para dormir. Artur chegou puto de uma reunião em São Paulo, reclamando de tudo. Jantaram em silêncio. Na cama ela leu metade do relatório e começou a cabecear de sono.

Artur a acordou com tesão, a fim de jogo. Como aqueles momentos estavam cada vez mais raros no casamento deles, ela resolveu fazer um último esforço de reportagem e transar. Deram uma meio rápida, meio mais ou menos, e, quando estava quase pegando no sono de novo, sentiu uma apalpadinha no seu traseiro com o seguinte comentário: – Tá ficando com a bundinha mole, Belinha… deixa de preguiça e começa a se cuidar.. Belinha olhou para o abajur de metal e se imaginou martelando a cabeça de Artur até ver seus miolos espalhados pelo travesseiro!

Depois se viu pulando sobre o tórax dele até quebrar todas as costelas! Com um alicate de unha arrancou um a um todos os seus dentes depois deu-lhe um chute tão brutal no saco, que voou espermatozóide para todos os lados! Em seguida usou a técnica que aprendeu num livro de auto-ajuda: como controlar as emoções negativas. Respirou três vezes profundamente, mentalizando a cor azul, e ponderou.

Não ia valer a pena, não estamos nos EUA, não conseguiria uma advogada feminista caríssima que fizesse sua defesa alegando que assassinou o marido cega de tensão pré-menstrual… Resolveu agir com sabedoria. No dia seguinte, não levou as crianças ao colégio, não fez um supermercado rápido, nem brigou com a empregada. Foi para uma academia e malhou duas horas.

De lá foi para o cabeleireiro pintar os cabelos de acaju e as unhas de vermelho. Ligou para o cliente novo insuportável e disse tudo que achava dele, da mulher dele e do projeto dele. E aguardou os resultados da sua péssima conduta, fazendo uma massagem estética que jura eliminar, em dez sessões, a gordura localizada. Enquanto se hospedava num spa, ouviu o marido desesperado tentar localiza-lá pelo celular e descobrir por que ela havia sumido. Pacientemente não atendeu. E, como vingança é um prato que se come frio, mandou um recado lacônico para a caixa postal dele. – A bunda ainda está mole. Só volto quando estiver dura. Um beijo da preguiçosa…

42-15181154

(Extraído do livro: Este sexo é feminino /Patrícia Travassos).

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Não me adapto!

‘ Me nego a viver em um mundo ordinário como uma mulher ordinária.

 

 

 

A estabelecer relações ordinárias.

 

 

Necessito o êxtase.
 
Não me adaptarei ao mundo.
 
Me adapto a mim mesma.’
(Anais Nin)WeCanDoIt-FeministPoster
 
 
 
 
 
 

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Sol!!!!!!!!!!!

poesia1I know you may not want to see me
On your way down from the clouds
Would you hear me if I told you
That my heart is with you now

She’s only happy in the sun
She’s only happy in the sun

Did you find what you were after
The pain and the laghter brought
You to your knees
But if the sun sets you free
Sets you free
You’ll be free indeed

She’s only happy in the sun
She’s only happy in the sun

Every time I hear you laughing
I hear you laughing
It makes me cry
Like the story of your life
Of your life
Is hello and goodbye

She’s only happy in the sun”

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Hoje lembrei desse email

Dizia assim…

“TENTA SIM, VAI FICAR LINDO!!!”
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Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

– Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
– Vai depilar o quê?
– Virilha.
– Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada??? Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

– Cavada mesmo.
– Amanhã, às… Deixa eu ver…13h?
– Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava? Coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.

Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor.

De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

– Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo.

De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

– Quer bem cavada?

– …é… é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

– Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
– Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei.

De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

– Pode abrir as pernas.
– Assim?
– Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
– Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação ! ! !

E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar…..

Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade
de ligar para o SAMU. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.

Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

– Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa “que garota estranha”. Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.

O processo medieval continuou.

A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.

Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

– Quer que tire dos lábios?
– Não, eu quero só virilha, bigode não.
– Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

– Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

– Olha, tá ficando linda essa depilação.
– Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. “Me leva daqui, Deus, me teletransporta”. Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

– Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
– Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la.

Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

– Vamos ficar de lado agora?
– Hein?
– Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

– Segura sua bunda aqui?
– Hein?
– Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista.

Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo.

O marido perguntaria:

– Tudo bem, Pê?
– Sim… sonhei de novo com o cu de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação.

Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?

Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

– Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

– Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

– Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
– Máquina de quê?!
– Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
– Dói?
– Dói nada.
– Tá, passa essa merda…
– Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. “Baixe a calcinha…”. Como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

– Prontinha. Posso passar um talco?
– Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
– Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar…Namorar??? Eu estava com sede de vingança.

Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei anti-depilação cavada.

Queria comprar o domínio http://www.preserveasbucetaspeludas.com.br

É…. Mulher sofre!!! Né Torre?

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Eu quero!

Conheci através de um casal de amigos mais experiente e chiquééérrimos ligadíssimos em arte.

E ameiiiiiiii! Que coisa mais querida!!! E o cara é gaúcho hehehe desculpem (cof, cof).

Luciano Martins e sua arte me encantaram e agora sou fã mesmo!

Este casal tem um par de telas representando eles mesmos que é a coisa-mais-querida-do-mundo.

http://www.lucianomartins.com.br/

Ah e o cara é publicitário, adoroooo essa coisa pop deles, tanto q casei com um.

Criatividade, cores, poesia em imagens me interessam e muito! 

Amo vida colorida e alegria!

O cara é bom mesmo e a obra dele já é conhecida até fora do Brasil.

Entrei no site de curiosa e fiquei louca pra ir a Floripa conhecer o atelie que fica logo na Lagoa! Que delíciaaaaa!

Valeu casal!

JANIS_~1

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4 faces

Feriadão, revistinha na mão….lendo Bons Fluidos, gostei dessa matéria vou guardar aqui pq revista junta muito pó e ocupa muito espaço.

Lendo a revistinha descobri que temos 4 faces (fora esse rostinho bonito que Deus me deu), adorei essa matéria e definitavamente mal posso esperar pelas minhas férias em Maceió para me conectar com minha Face Eterna, minha essência…pisar na areia da praia, dar aquele mergulho num mar limpo e gostoso, bem salgadinho, andar descalça e sentir um pouco da natureza me abraçando. Só assim vou segurar a rebeldia da minha Face Moderna e me dedicar a minha Face Shakti pra recomeçar com a energia canalizada positivamente na direção certa.

Vou guardar aqui a matéria.

“As quatro faces da mulher

Você vai se reconhecer em cada uma delas. E descobrir como conquistar mais liberdade, criatividade e sabedoria ao entrar em contato com seu verdadeiro Eu.

Em 1993, a australiana Caroline Ward era uma consultora de empresas iniciando uma carreira que se anun ciava brilhante. Foi nesse ano que ela conheceu seu grande amor, Michael. Eles ficaram apenas dez meses juntos: Mike teve câncer terminal e, depois de apenas cinco meses de casado, morreu. Durante esse curto período, porém, Caroline viveu intensamente e reinventou sua vida. Para auxiliar na recuperação do marido, começou a se alimentar melhor, dormir cedo, reduziu o ritmo de trabalho e adotou a meditação diariamente, prática que aprendeu num dos centros da Organização Brahma Kumaris da Austrália. Foi lá que ela entrou em contato com seu lado feminino mais essencial. “Nunca tinha pensado em mim como mulher. Não percebia as condições, características e circunstâncias especiais que envolvem um ser do sexo feminino”, admite Caroline.

A Brahma Kumaris (que significa filhas de Brahma) nasceu na Índia no começo do século passado. Foi criada para dar à população feminina acesso à educação e ao conhecimento, que, na época, era negado a elas. Hoje, a organização é dirigida por um grupo de mulheres sábias de 70 a 90 anos.

Pouco depois da morte do marido, a consultora passou a liderar programas direcionados às mulheres, usando sua inteligência e poder de percepção para mostrar como é importante identificar as muitas faces do feminino. “Esse reconhecimento ajuda a desvendar o que nos aprisiona e mostra como mudar essa situação. Ao entrar em contato com seu ser essencial, a vida se torna mais criativa, aberta, livre, verdadeira e amorosa.” Em seu livro As Quatro Faces da Mulher (Integrare) e no site http://www.fourfacesofwoman.org (em inglês), Caroline Ward mostra como uma mulher pode se conhecer e se reconhecer nos diferentes aspectos relacionados ao feminino, sintetizados em quatro faces distintas. Todas nós temos, em maior ou menor grau, um pouco de cada uma delas.

Na organização Brahma Kumaris, guiada pela sabedoria das anciãs, mulheres com a vivência de mais de 70 anos, percebe-se a incrível riqueza do feminino e os problemas específicos desse universo.

FACE ETERNA O QUE EU REALMENTE SOU
É a nossa essência, pura, livre, amorosa, poderosa e não condicionada ao que o outro deseja de nós. A Face Eterna permanece como um pano de fundo à nossa personalidade. Está presente quando provamos o gosto da liberdade, da criatividade, do amor, da generosidade. Nunca vai ser alterada pelas circunstâncias. É o que somos num nível mais profundo.

 

Sua principal característica é que oferece um enorme poder de transformação. Caroline Ward lembra como os bebês carregam esse poder alquímico de modificar até o mais sisudo dos adultos, libertando-os da pesada carga acumulada durante a vida e devolvendo a eles uma inocência esquecida. “Eles ainda estão em contato com essa fonte eterna de beleza, frescor, criatividade e pureza”, diz. Inventam brincadeiras, adoram ser acariciados e não têm defesas estruturadas. A Face Eterna também faz qualquer uma de nós se sentir livre, criativa, segura, poderosa, aberta e feliz. E assim somos capazes de viver intensamente o presente sem nos perder em pensamentos do passado ou do futuro.

“Costumamos ter vislumbres dessa face que duram apenas alguns minutos. Ou mesmo dias, se não estivermos tão absortas nas atividades do cotidiano. Ela está presente quando entramos em contato com nosso Eu profundo”, explica Carolina. A Face Eterna nos leva ao estado do Eu ou completa, plena, satisfeita, feliz, livre de dúvidas, confusão, dualidade, questionamentos e acon tece quando conseguimos saborear um momento com grande intensidade. Para acessá-la, temos de identificar em que circunstâncias nos encontrávamos quando sentimos essa felicidade transbordante e, a partir daí, aprender como viver essa face com mais frequência. No livro, Caroline ensina exercícios e meditações para tornála mais presente em nossas vidas.

Vivemos sob padrões massificados — temos de ser belas, incansáveis, inteligentes, múltiplas. Gastam-se tempo e energia para manter esses ditames da Face Tradicional e fica difícil entrar em contato com nossa essência.

FACE TRADICIONAL EU SOU QUEM VOCÊ DIZ QUE EU SOU
Essa é uma face totalmente reativa e condicionada à realidade externa. Quando nascemos, a vida já está estruturada em culturas que atribuem diferentes papéis, condições e status à mulher. Desde pequenas, somos estimuladas a aceitar esses papéis sem questioná- los. Assim, colocamos nossa felicidade nas mãos do outro e nos conformamos em ser o que a família e a sociedade desejam. Manter a Face Tradicional consome muita energia e rouba nossa vontade de entrar em contato com a Face Eterna, nossa essência.

A Face Tradicional nos impele para tarefas, deveres e metas. Se não obedecemos a seu comando, somos punidas com um sentimento de impotência e tristeza. Por outro lado, quando cumprimos o que nos é pedido por ela, essa face nos dá a sensação de sermos amadas e aceitas. Também é ela que estimula o prazer e a alegria de ter, sejam coisas materiais ou mesmo relacionamentos – a felicidade tornase inteiramente condicionada ao que possuímos. Segundo Caroline, a Face Tradicional não é nociva – ela causa infelicidade apenas quando desconectada do nosso verdadeiro Eu, ou seja, quando esquecemos que existe uma realidade interna que não depende de nada material para ser feliz.

“Não há nada errado em desempenhar papéis ou ter posses, ou cuidar do seu corpo, ou ganhar dinheiro. Apenas quando perdemos o senso do Eu verdadeiro nessas coisas externas à nossa natureza é que nos tornamos vulneráveis.” Caroline afirma que merecemos mais do que isso. Ela aconselha a examinar o quanto somos dependentes desses valores e papéis, o quanto nossa vida está condicionada ao que deseja o companheiro, a família, a sociedade, o quanto estamos à mercê do outro. Ela nos instiga também a pensar no quanto sabemos expressar do nosso verdadeiro Eu nas nossas relações pessoais, profissionais e comunitárias.

Para se desvencilhar da dor que a perda de nossa essência provoca, vale adotar a Face Moderna. O risco é que ela nos induz a radicalizar, em vez de identificar o que queremos.

FACE MODERNA EU NÃO SOU QUEM VOCÊ DIZ QUE EU SOU
Quando alguém percebe o efeito nefasto da Face Tradicional, pode se socorrer ativando os poderes da Face Moderna. Ela nos ajuda a lutar contra limites e imposições e buscar liberdade, verdade, criatividade e individualidade. No entanto, é preciso cuidado porque para se desvencilhar da Face Tradicional a Face Moderna pode assumir uma atitude radicalmente oposta: “Nessa luta, a mulher mobiliza uma grande energia para escapar dos vínculos e padrões indesejados, mas não acessa o mais profundo do seu ser, que é onde ela poderia encontrar o equilíbrio de que realmente precisa”, explica Caroline. A Face Moderna é importante pela coragem e determinação que nos infunde, mas é incapaz de propor um novo caminho que nos leve à felicidade.

Quando rejeitamos os padrões impostos pelo outro, seja o namorado, o marido, o chefe ou as instituições, uma voz se levanta – e é uma voz furiosa, cheia de revolta. “Simplesmente reagir às imposições da cultura é um sinal de que ainda não encontramos o caminho verdadeiro, que é em direção a nós mesmas, e não uma luta contra o que vem de fora”, diz.

Não é fácil abandonar essa batalha contra o que nos oprime no mundo externo, pois lutar nos dá a sensação de estarmos vivas e participantes. É a quarta face que ajuda a reencontrar o verdadeiro caminho e nos propicia um contato mais duradouro e frequente com a Face Eterna. Assim, a coragem e a liberdade despertadas pela Face Moderna serão usadas na direção certa, na direção do seu Eu.

FACE SHAKTI EU ACESSO O PODER PARA SER QUEM EU SOU
Nas antigas tradições matriarcais, a força feminina é considerada sagrada, uma manifestação do lado feminino de Deus. Na Índia, essa energia divina é chamada de Shakti e está presente nas divindades femininas e também habita homens e mulheres.

“Quando uso essa face, recebo inspiração para minha verdade e destino, e força para retornar à morada do Eu”, ensina Caroline. Ela nos faz entender o que tem sentido em nossa vida e como podemos contribuir, não a harmonia de todos os seres. Aprendemos a escutar a voz da intuição.

A Face Shakti também revela em que condições podemos nos sentir plenas. E mostra como desperdiçamos energia em coisas que não trazem nenhuma felicidade. O despertar de Shakti leva ao fortalecimento interior, a um despertar para a nossa realidade. Essa força divina, segundo Caroline Ward, está ancorada em oito poderes distintos, que podem ser acionados com exercícios e meditações. Suas principais qualidades são:

O PODER DO AFASTAMENTO:
possibilita o distanciamento da situação emocional em que estamos e deixa ver a realidade de uma perspectiva objetiva.

O PODER DA COOPERAÇÃO:
faz com que usemos nossa força em benefício do outro e nos recompensa com uma energia nova e potente.

O PODER DA LIBERTAÇÃO:
traz força para cortarmos as correntes que nos aprisionam internamente.

O PODER DO ENFRENTAMENTO:
fornece energia para lidarmos com os sentimentos do nosso mundo interior.

O PODER DA TOLERÂNCIA:
mostra como ir além de reações imediatas e intempestivas – é o caminho da sabedoria.

O PODER DA DECISÃO:
dá vigor para nos comprometermos com os objetivos importantes.

O PODER DA ACEITAÇÃ0:
ensina como deixar para trás o que deveria ser para trabalhar com o que de fato é.

O PODER DO DISCERNIMENTO:
permite ver a verdade exatamente como ela é.

A Face Shakti ensina a escutar a voz da intuição, aquela que sabe nos dizer qual o caminho a seguir. Ela torna-se nossa bússola e ativa a memória do que nos faz felizes.”

 (Texto • Liane Alves Revista Bons Fluidos setembro 2009)

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Feriado de Garfield

garfield

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Fernando Pessoa

“Quero ser o teu amigo.
Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso: é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo de acertar nossas distâncias.”

 

always-best-friends

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